O PROJETO DO CASAMENTO E AS FAMÍLIAS

Casamento e família não se improvisam. Necessitam ser projetados e planejados. Somente à medida que nossos jovens vierem a traçar um projeto para sua vida conjugal e familiar, incluindo explicitamente a dimensão da fé cristã, é que se poderá, talvez, fortificar a família e torná-la mais apta para exercer a sua missão de educadora e evangelizadora dos filhos. A bem da verdade, há muitos casais ainda que tentam realizar o projeto que delinearam quando do noivado e das proximidades do dia do casamento. O sacramento do matrimônio, fundamento da igreja doméstica, supõe a realidade humana do amor adulto entre duas pessoas. Requer a experiência livre e decidida de entrega pessoal. Os que se casam projetam um diálogo existencial  que seja construtivo e crítico. Em sua mente, esse diálogo nunca será interrompido. Os que se casam optam pelo outro e passam a buscar precisamente o bem do outro. Estão diante da tarefa da construção da conjugalidade. Casar-se é optar por um estado de vida caracterizado pelo conviver, pelo compartilhar, os que se casam colocam em comum o que são e o que têm. Literalmente passam a ser companheiros, os que comem juntos o mesmo pão. Traçar um projeto significa optar por certas idéias, valores e crenças. Também no campo da fé. Esse conjunto de costumes e valores constitui a bagagem cultural e vital de uma família e vai dando sentido à caminhada do casal e da família. Um projeto conjugal e familiar comporta um estilo de vida, a repetição de certos comportamentos, o apoio em determinados princípios ou linhas de força existenciais. Somente um projeto conjugal sólido, também alicerçado sobre  a fé cristã, preparará os caminhos da missão educadora e evangelizadora da família.

Frei Almir R.Guimarães
(autor do livro Família e Catequese, Ed. Santuário, Aparecida/97)

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